Cultura Periférica é pouco divulgada na capital
Artistas periféricos pedem passagem para divulgar e fomentar seus trabalhos.
São Paulo é uma cidade rica em cultura e diversidade, a capital paulista possui mais de 12 milhões e meio de habitantes, espalhados por 5 regiões e 32 subprefeituras, e em cada um destes distritos, uma cultura única e particular motivada pelos diferentes costumes, inspirações e realidades nasce e tenta desenvolver no meio popular. A arte é muitas vezes a representatividade de um pensamento, de hábitos, costumes ou até mesmo o reflexo de uma realidade distorcida ou pouco propagada pelo resto da cidade. O artista periférico Fernando Rigonato, comentou sobre a dificuldade de ser um artista LGBT na região da Brasilândia.
“Na região da Brasilândiaa gente encontra um cenário que infelizmente é um pouco
escasso, existe sim uma cultura e pontos de lazer cultuação a artistas e coisas do tipo, mas é muito voltado a arte hétero, normativa, então você ter polos onde você consiga fomentar cultura, ainda mais cultura queer voltada pro publico LGBT é muito difcil, então querendo ou não, infelizmente, ainda, produzir, arte e música na periferia é muito dificil, potencializado quando voce é um artista LGBT”
Um dos principais centros do desenvolvimento e criatividade cultural são as periferias. As regiões afastadas do centro da cidade têm carregado uma grande potência cultural e artística. Diversos artistas periféricos têm lutado para encontrar espaço e oportunidade de demonstrar sua arte e se inserir definitivamente no mercado. Espaços onde o artista pode contribuir com o enriquecimento da população, com o entretenimento enquanto leva sua expressão e sua realidade a mais pessoas, tem se tornado uma reivindicação cada vez mais atenuante por parte dos artistas periféricos. Em entrevista a Rádio Cantareira FM, o deputado federal e pré -candidato a prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos, comentou sobre a importância de equipamentos culturais na periferia.
“Os coletivos de cultura da periferia são os maiores patrimônios que São Paulo tem, essa ideia de que a periferia não tem voz, a periferia tem muitas vozes, diversas e potentes, o problema é que muitas vezes falta ouvido para escutar. Então o papel do poder público é estimular esse trabalho. O poder público não tem que fazer cultura, o povo já faz, o poder público tem que estimular e fomentar, dar essa oportunidade, e isso é orçamento, é recurso.”
O município de São Paulo conta com alguns projetos públicos que auxiliam artistas da capital a divulgarem sua arte. Um exemplo desses projetos que incentivam a cultura na população paulistana é o “Valorização de Iniciativas Culturais” conhecido como “VAI”. Onde a ideia é promover a inclusão cultural, estimular dinâmicas culturais locais e a criação artística dos jovens.
A Central de Notícias da Rádio ÁGUIA DOURADA é uma iniciativa do Projeto “MARCHINHAS: O REGISTRO DA MEMÓRIA”. Este projeto foi realizado com o apoio da 7ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.
Os conteúdos ditos pelos entrevistados não refletem a opinião da emissora.